As gavetas nunca estiveram vazias: ditadura militar e resistência na obra de Antônio Torres

Este é um livro necessário, pois os perigos do autoritarismo continuam vivos entre nós. Enveredando pelos caminhos da história política brasileira, a obra nos convida a lembrar — e a lutar — para que outras pessoas também não se esqueçam. O tema da memória aqui se configura não apenas a partir da denúncia da violência, mas também se entrelaça ao exercício da docência. Professora do Instituto Federal de Alagoas, Vanusia Amorim resgata, em sua bela Introdução, sua trajetória no campo do ensino, da pesquisa e da extensão, com um trabalho dedicado à formação de leitores críticos. Trata-se, portanto, também de um convite à reflexão sobre os compromissos de quem constrói a educação pública brasileira, a fim de criar condições para a conquista e consolidação da cidadania, em suas mais diversas formas. As gavetas nunca estiveram vazias: ditadura militar e resistência na obra de Antônio Torres é, assim, um chamado à memória, à crítica e ao engajamento.